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Resumo do Carrinho

    12/08/2024

    Relação terapêutica: o que é e qual sua importância?

    Relação terapêutica é aquela que o psicólogo estabelece com o cliente no ambiente clínico. Exige aplicação de teoria e técnica, um grau elevado de atenção e papéis diferentes e bem definidos.

     

    Em uma boa relação terapêutica, não há disputa de poder, o paciente confia no terapeuta e se engaja na terapia. Além disso, o psicólogo está aberto e faz esforço para guiar o processo terapêutico.

     

    Uma relação terapêutica não deixa de ser um vínculo profissional. Afinal, há um prestador de serviço contratado por um cliente. Dessa forma, pode ser vista como um instrumento de trabalho.

     

    De modo genérico, o objetivo da terapia é a melhora do paciente. Sendo assim, a relação terapêutica deve ser usada para que o paciente consiga chegar o mais perto possível da melhor versão de si mesmo. Também pode ter metas mais específicas de acordo com a demanda.

     

    Nesse contexto, o terapeuta precisa ser um modelo de relação, firmar um vínculo em que haja escuta e validação, promover confiança no outro e em si, ajudar a resolver problemas e alcançar metas.

     

    Vínculo

    Para criar um bom vínculo com o cliente, o psicólogo precisa focar no aqui e agora, ser genuíno e transparente, se sensibilizar com a dor do indivíduo, saber motivar e validar, acolher sem julgar, saber os momentos de ouvir e de falar, ser comprometido com o processo e estar sempre estudando.

     

    Mas não basta só o psicólogo estar disponível e buscar a relação terapêutica. O paciente também deve fazer a sua parte, ou seja, ser honesto, se comprometer com a terapia dentro e fora da sessão, fazer um esforço para se abrir e estar presente e confiar no psicólogo e na terapia.

     

    Quando uma relação terapêutica não é boa, o cliente tende a faltar ou se atrasar muito, desviar dos assuntos, ficar tentando bater de frente com o terapeuta ou inverter os papéis, não fazer as tarefas de casa e não apresentar melhora mesmo com todos os esforços do psicólogo.

     

    Por isso, cabe ao terapeuta ficar atento para intervir e “salvar” a terapia quando necessário. Afinal, embora o cliente possa ajudar, a responsabilidade sobre a relação terapêutica é do profissional.

     

     

    Técnicas e estratégias

    Existem inúmeras técnicas e estratégias de intervenção disponíveis dentro da terapia do esquema, mas, para aplicá-las de forma coerente e efetiva, é necessário um raciocínio clínico adequado.

     

    Assim, com o objetivo de guiar o terapeuta para o desenvolvimento dos aspectos centrais necessários no raciocínio clínico e considerando necessidades e repertórios específicos de cada paciente, as psicólogas Natanna Taynara Schütz e Rafaela Petroli Frizzo criaram o jogo ‘Raciocínio clínico em terapia do esquema: desenvolvendo na prática a relação terapêutica’.

     

    Publicada pela editora RIC Jogos, a ferramenta dispõe de cartões que orientam o terapeuta acerca da avaliação e da intervenção considerando o domínio de necessidades emocionais, esquemas iniciais desadaptativos, esquemas iniciais adaptativos e modos de funcionamento, bem como a forma com que são despertados na relação terapêutica e as posturas assertivas que devem ser adotadas pelo profissional.

     

    O jogo também tem cartas que alertam sobre erros comuns e cuidados importantes para evitá-los. Além disso, conta com uma parte voltada para autoterapia dos clínicos. Por fim, testa os conhecimentos adquiridos ao longo de seu uso.