19/05/2025

Quando a ansiedade se torna patológica?

Ansiedade saudável e ansiedade patológica têm diferenças importantes. Quem nunca suou frio ou perdeu a fome antes de uma prova ou devido a uma entrevista de emprego? Esse estado de alerta que possui uma causa evidente, um período curto de duração e não afeta com intensidade a esfera corporal é identificado como ansiedade normal.

 

Uma defesa natural do organismo a possíveis ameaças, a ansiedade está atrelada ao instinto de sobrevivência dos seres humanos. Isso porque sua função biológica possibilita a preparação para o perigo, aumentando a atenção e a tensão motora.

 

No entanto, quando se apresenta em excesso, de forma desproporcional ao problema apresentado ou sem motivação específica, deixa de ser considerada saudável e passa a ser identificada como ansiedade patológica.

 

Entre os sintomas físicos da ansiedade patológica, os mais comuns são tontura, tremores, sudorese, gagueira, insônia, tensão muscular e vermelhidão na face. Sensações de aperto no peito, palpitações e falta de ar são outros indícios que podem se manifestar em momentos de crise.

 

Além de afetar funções biológicas, a ansiedade patológica costuma despertar medos, sendo os mais vistos o medo de estar ficando louco, o medo das ideias de suicídio e o medo de doenças.

 

Fobias

Embora possa aparecer em diversos momentos da vida, a ansiedade saudável é passageira e não atrapalha aspectos do cotidiano. Já a ansiedade patológica pode prejudicar o indivíduo nas diferentes esferas da vida, seja familiar, social, profissional e/ou acadêmica.

 

A longo prazo, é possível que a pessoa com esse quadro clínico acabe desenvolvendo outras patologias, como as fobias, que integram o grupo dos transtornos ansiosos.

 

No caso das fobias desencadeadas pela ansiedade patológica, a pessoa consegue identificar o motivo do medo. Desse modo, a exposição a um animal específico em grande quantidade, como aranhas, por exemplo, pode ocasionar uma crise de pânico. Já o transtorno de ansiedade social (TAS) ou fobia social causa altos níveis de medo em situações do cotidiano.

 

A ansiedade patológica também pode acabar gerando compulsões e até mesmo o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Nesses casos, atividades cotidianas são repetidas exaustivamente e a pessoa acometida é tomada por pensamentos obsessivos e medos irracionais. Aparecendo de forma gradual, os sintomas prejudicam muito a qualidade de vida.

 

Controle

As causas da ansiedade patológica ainda não são totalmente conhecidas, mas alguns fatores de riscos estão relacionados a questões genéticas, como casos diagnosticados em familiares, pessoas com dificuldade natural de gerenciar momentos de estresse e questões externas, como a ocorrência de algum evento traumático.

 

Quando a ansiedade deixa de ser saudável e passa a acompanhar os sintomas físicos e psicológicos apresentados, é preciso agendar consulta com um profissional da saúde mental. Caso identifique a patologia, o especialista irá indicar formas de tratamento, que geralmente combina acompanhamento terapêutico e uso de medicamentos.

 

De forma proativa, alguns hábitos ajudam a controlar a ansiedade, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e mindfulness (atenção plena).

 

Ferramenta

O objetivo do ‘Tabuleiro da ansiedade: psicoeducação e intervenção com adolescentes e adultos’ é oferecer ao psicólogo uma ferramenta que facilite o psicodiagnóstico, a psicoeducação e a intervenção acerca da ansiedade.

 

Cada casa do tabuleiro representa uma cor, que corresponde a um grupo de cartas, que são: reações emocionais, sensações fisiológicas, comportamentos, situações ansiogênicas e distorções cognitivas. A partir do andar no tabuleiro, as questões propostas vão sendo respondidas.

 

De autoria das psicólogas Catarina Brandão e Regina Azevedo e publicado pela editora RIC Jogos, este jogo tem como fundamento a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e é destinado ao uso clínico com pacientes a partir de 13 anos.

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