A psicologia do esporte é uma área interdisciplinar da psicologia e das ciências do esporte que estuda os comportamentos de pessoas envolvidas no contexto esportivo e de exercício físico.

 

Cabe ao psicólogo do esporte compreender como os fatores psicológicos influenciam o desempenho físico e como a participação nessas atividades afeta o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem-estar do indivíduo nesse ambiente.

 

A atuação profissional mais conhecida da psicologia do esporte está relacionada aos atletas de alto rendimento (esporte competitivo de base e profissional). No entanto, as áreas de intervenção vão muito além.

 

Bem-estar

São compostas, também, pelas práticas de tempo livre (atividade física como manutenção de saúde e bem-estar), pelo esporte escolar (a relação do praticante com o ambiente acadêmico em seus diferentes níveis) e pela iniciação esportiva (crianças e jovens envolvidos em atividades esportivas, pedagógicas e competitivas).

 

Incluem, ainda, reabilitação, ou seja, recuperação psicológica de lesão de atletas e praticantes de esporte, assim como pessoas que praticam atividade física como meio para reabilitação ou inserção social, os obesos, os doentes cardíacos, os doentes mentais, as pessoas com necessidades especiais, entre outros.

 

Da mesma forma, as intervenções da psicologia do esporte englobam projetos sociais. Nesse caso, têm como intuito o esporte como meio de educação e socialização de crianças e jovens de comunidades carentes, por exemplo.

 

História

A trajetória da psicologia do esporte inicia-se na Idade Antiga, com os filósofos Platão e Aristóteles. Além de política, eles discutiam sobre o corpo humano, seus movimentos e percepção sensorial e motora, bem como suas funções, seus benefícios e objetivos.

 

Ao longo dos séculos, no entanto, pouco se estudou sobre o vínculo entre o movimento do corpo e o estudo da mente. Somente no final do século 19, alguns estudos comprovaram os efeitos da prática esportiva.

 

Entre eles, contribuição para o desenvolvimento da capacidade de compreensão da realidade, promoção de melhores julgamentos diante de ambientes diversos e uma adaptação mais rápida no convívio com diferentes personalidades.

 

Relação

Dessa forma, os estudos que relacionam a influência do aspecto psicológico ao desempenho de atletas em modalidades esportivas se desenvolveram paralelamente ao da própria psicologia como uma ciência autônoma.

 

Consequentemente, os primeiros escritos têm autoria atribuída a especialistas que não eram necessariamente do ramo da psicologia, entre eles, jornalistas, educadores e atletas.

 

No Brasil, a psicologia do esporte surgiu no final da década de 1970 com um enfoque clínico e educacional. A disseminação dessa área coincide em certo ponto com a popularidade do futebol.

 

Ferramenta

‘Psicologia do esporte: 100 cards para potencializar o trabalho emocional na prática esportiva’ é um instrumento que busca facilitar, de modo lúdico, o trabalho de desenvolvimento e treinamento de atletas iniciantes ou dedicados ao alto rendimento.

 

O uso dos cards permite explorar características pessoais bem como levantar estratégias que podem ser utilizadas no acompanhamento esportivo do atleta por parte do psicólogo ou demais membros da equipe (técnico, preparador físico, nutricionista etc.).

 

Além da aplicação clínica, é voltado a outros ambientes esportivos nos quais sejam importantes o levantamento de forças do indivíduo, a identificação de ferramentas mentais a serem trabalhadas, o estímulo ao questionamento de situações críticas, seus efeitos e possíveis soluções.

 

De autoria dos psicólogos Márcia Pilla do Valle e Cassiano Pires e publicado pela editora RIC Jogos, o recurso pode ser utilizado com crianças, adolescentes e adultos.