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Resumo do Carrinho

    13/03/2023

    Intimidade e sexualidade na maturidade

    Intimidade e sexualidade na maturidade são temas ainda pouco estudados e difundidos, muito embora o envelhecimento seja alvo de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento científico.

     

    Padrões de comportamento criados pela sociedade limitam a sexualidade humana ao período da juventude. No entanto, é errônea a crença de que o envelhecimento e a ausência das vivências sexuais estejam inexoravelmente ligados.

     

    Ao mesmo tempo, tal crença contribui para o desconhecimento e o preconceito acerca da sexualidade dessa população, ocasionando prejuízos à sua qualidade de vida.

     

    Devido ao desconhecimento e à pressão cultural, muitos idosos que ainda possuem desejo sexual sentem culpa e vergonha pelo fato de se perceberem com vontade de procurar o prazer.

     

    Negligência

    No campo assistencial, a temática da sexualidade na maturidade foi negligenciada pela área da saúde e pelo poder público, sendo a vida sexual da pessoa idosa tratada como algo inexistente por muito tempo.

     

    Consequentemente, a possibilidade de uma pessoa com mais de 60 anos ser infectada pelo vírus HIV era considerada remota. Entretanto, dados nacionais referem que o índice de HIV entre idosos já supera o de adolescentes entre 15 e 19 anos.

     

    As explicações para esse aumento referem-se ao envelhecimento populacional, ao aumento da sobrevida das pessoas com HIV/aids, bem como ao acesso aos medicamentos para disfunções eréteis em associação com a desmistificação do sexo na maturidade.

     

    Obstáculos

    Ainda são constatados dois obstáculos a serem transpostos na abordagem da temática intimidade e sexualidade na maturidade.

     

    Por um lado, muitas vezes, o profissional de saúde sente-se envergonhado em fazer perguntas de âmbito sexual para os idosos, considerando falta de respeito tal indagação. Por outro lado, é comum o idoso ficar envergonhado e não ter coragem de fazer perguntas ao profissional, porque teme ser mal interpretado.

     

    No entanto, esse público deve se sentir confortável para expressar emoções e necessidades, sem ficar temeroso ou envergonhado ao discutir questões relacionadas à sua intimidade e à sua sexualidade.

     

    De sua parte, os profissionais de saúde devem ser isentos de preconceitos, falar diretamente sobre o assunto, responder a todas as questões sem rodeios ou constrangimentos, mostrar que querem e precisam discutir o tema.

     

    Ferramenta

    Família e trabalho são assuntos frequentes durante processos de psicoterapia, mas conversar sobre sexo e sexualidade pode ser um desafio para muitas pessoas mesmo em contexto clínico.

     

    Quando o público atendido é de idosos ou adultos que, por alguns motivos, aprenderam a encarar a temática como um tabu ou vergonhosa, trazer tais temas e trabalhá-los de forma útil pode ser um desafio.

     

    Os cards terapêuticos ‘Intimidade e sexualidade na maturidade: 100 perguntas para a clínica com idosos’ têm justamente o objetivo de fomentar conversas abertas, instrutivas e libertadoras sobre relações afetivas e sexuais na maturidade com o público a partir dos 50 anos de idade.

     

    De autoria das psicólogas Sabrina Martins Barroso e Ariadne Christie Silva Ribeiro, trata-se de uma publicação da editora RIC Jogos.