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Resumo do Carrinho

    08/04/2024

    Importância de trabalhar as necessidades emocionais básicas

    De acordo com a terapia do esquema, criada pelo psicólogo norte-americano Jeffrey Young, a formação da personalidade das pessoas é influenciada por temperamento, experiências iniciais e continuadas com pais ou outros cuidadores e atendimento das necessidades emocionais básicas.

     

    As necessidades emocionais básicas são aquelas que precisam ser supridas na relação com os responsáveis e por eles e que contribuirão para o desenvolvimento saudável da criança.

     

    Todas as pessoas têm necessidades emocionais básicas que precisam ser supridas especialmente na infância, período de maior influência para a construção da personalidade.

     

    Assim, seu atendimento ou não tem influência na formação de quem o indivíduo é, como se enxerga, como estabelece e mantém relacionamentos e como se comporta no mundo.

     

    Quais são?

    A primeira necessidade emocional básica do ser humano é o vínculo seguro. Envolve a criança se sentir segura, aceita e pertencendo ao grupo familiar.

     

    Pais que buscam atender a essa necessidade mostram interesse pelo filho, abraçam, olham nos olhos, validam emocionalmente e prezam por momentos de qualidade com ele.

     

    A segunda necessidade emocional básica é intitulada autonomia e competência. Se a criança tem essa necessidade atendida, se sente capaz de executar atividades e ser independente, além de se sentir segura e com competências para enfrentar e explorar o ambiente.

     

    Os cuidadores que atendem a essa necessidade emocional criam oportunidades para o filho desenvolver habilidades, dão responsabilidades a ele (de acordo com o nível do desenvolvimento), ajudam, mas não em excesso, e ensinam passo a passo de atividades que pode fazer sozinho.

     

    Limites realistas

    A terceira necessidade emocional básica são os limites realistas. Engloba o autocontrole e a capacidade de adiar os desejos. É a compreensão de regras e o entendimento da importância de considerar e respeitar a si mesmo e os outros.

     

    Para atender a essa necessidade, os pais precisam estabelecer regras claras e consistentes, ensinar os filhos a lidarem com frustração e sobre reciprocidade.

     

    A quarta necessidade emocional básica é denominada valorização, reconhecimento e liberdade de expressão.

     

    Envolve a criança ter a sensação de ser gostada por quem ela é, sem condicionar o amor, assim como sentir que pode expressar o que sente e deseja.

     

    Pais que buscam atender a essa necessidade permitem que o filho se expresse, seja ouvido e ensinam a importância de existir um equilíbrio entre o próprio desejo e o dos outros.

     

    E a quinta necessidade emocional básica são lazer e espontaneidade. Se a criança tem essa necessidade atendida, sente que há espaço para se expressar e brincar de forma leve e espontânea. Tem a sensação de que pode se divertir.

     

    Para atender a essa necessidade, os pais podem oferecer um espaço para brincadeiras, normalizar a expressão de sentimentos, demonstrar interesse pelo filho e serem modelos de espontaneidade.

     

    Ferramenta

    O jogo da memória ‘Conhecendo as necessidades emocionais na infância: psicoeducação e intervenção com base na terapia do esquema’ tem como objetivo auxiliar na psicoeducação tanto da criança quanto dos responsáveis sobre o que são as necessidades emocionais básicas.

     

    De uma maneira lúdica, a ferramenta pode ser utilizada para avaliação e, ao mesmo tempo, intervenção.

     

    A avaliação diz respeito à investigação de quais são as necessidades emocionais que estão sendo atendidas pelos cuidadores na percepção da criança e dos pais, observando, assim, semelhanças e divergências.

     

    Já a intervenção diz respeito à psicoeducação para os pais e as crianças sobre a importância da satisfação de cada uma das necessidades emocionais básicas com exemplos de fácil compreensão a partir dos desenhos.

     

    Ainda referente à intervenção, é possível trabalhar em conjunto com os cuidadores na estruturação de um planejamento de como eles podem atender a cada uma das necessidades.

     

    De autoria da psicóloga Marina Heinen e publicado pela editora RIC Jogos, o recurso é destinado ao uso clínico e familiar com o público infantil a partir dos 4 anos.