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Resumo do Carrinho

    26/09/2023

    Importância da regulação emocional na infância e adolescência

    Regulação emocional é a capacidade do ser humano de compreender as próprias emoções, buscando enxergar situações da forma como elas realmente são, sem deixar que o afetem de maneira negativa e intensa.

     

    Sendo a chave de uma vida mais saudável, é importante que a regulação emocional seja desenvolvida desde cedo na infância e aperfeiçoada na adolescência, fases da vida de intensas transformações biopsicossociais.

     

    Em outras palavras, a regulação emocional é a habilidade de evitar colocar uma alta carga emocional, principalmente negativa, sobre um evento, uma pessoa ou circunstância, facilitando a resolução de problemas.

     

    Relacionada à inteligência emocional, a regulação emocional envolve alguma estratégia de enfrentamento para manter, aumentar ou diminuir um estado emocional.

     

    Entre essas estratégias, estão confrontação, distanciamento, autocontrole, busca de apoio social, aceitação de responsabilidade, fuga/esquiva, resolução planejada dos problemas e reavaliação positiva.

     

    Desregulação

    Por sua vez, a desregulação emocional pode ser definida como a dificuldade ou inabilidade de lidar com as experiências ou processar as emoções. Manifesta-se como intensificação excessiva ou desativação excessiva das emoções.

     

    Essa alta sensibilidade aos mínimos estímulos adversos do dia a dia, as reações negativas e a dificuldade de retornar ao equilíbrio trazem graves consequências para a saúde física e mental.

     

    Entre os resultados prejudiciais, constam dificuldades de relacionamento interpessoal, queda na funcionalidade, mudanças de comportamento, irritabilidade, volatilidade, pensamentos automáticos de caráter depreciativo e falta de motivação.

     

    Já entre os transtornos mentais que podem surgir, estão os da personalidade, alimentares, ansiedade e depressão. A dependência química pode ser outra consequência.

     

    Aprendizado

    Se não for desenvolvida logo cedo na infância, a regulação emocional vai fazer falta ao longo de todo do ciclo vital da pessoa. Por isso, trata-se de uma habilidade a ser aprendida desde os primeiros anos de vida e aprimorada na adolescência por meio de socialização, estímulos e ensinamentos provenientes dos ambientes familiar e escolar.

     

    Muitas vezes, no entanto, crianças e adolescentes não recebem uma boa orientação nesses espaços, ouvindo estigmas sociais como, por exemplo, “gente grande não chora” ou “homens não podem se mostrar vulneráveis”.

     

    Tais atitudes de julgamento podem complicar sua relação com as próprias emoções, porque inibi-las não significa fazer com que desapareçam.

     

    Há casos, inclusive, em que a ajuda de um profissional da saúde mental pode ser necessária para auxiliar crianças e adolescentes no desenvolvimento do equilíbrio emocional.

     

    Dicas

    No entanto, algumas dicas a serem colocadas em prática no dia a dia pelos adultos auxiliam no desenvolvimento da regulação emocional na infância e adolescência.

     

    O primeiro passo é incentivar crianças e adolescentes a nomearem e compreenderem emoções e sentimentos, pois, para lidar com eles, é preciso conhece-los.

     

    Parar e pensar a respeito das emoções e dos sentimentos são outras ações a serem incentivadas. Nesse caso, pais ou outros responsáveis e educadores podem mostrar que, em certas situações, é preciso estabelecer um espaço de tempo entre emoção e reação, para que se tenha noção do que fazer em seguida.

     

    As técnicas de relaxamento também são importantes para o desenvolvimento da regulação emocional na infância e adolescência. Algumas delas são bem simples e funcionais, como a respiração profunda, que ajuda a diminuir a frequência cardíaca, e mindfulness (atenção plena).

     

    Recursos lúdicos

    Os recursos lúdicos são outras ferramentas fundamentais para estimular o aprendizado da regulação emocional na infância e adolescência.

     

    Um exemplo é o jogo de cartas ‘Tô por uma’, de autoria da psicóloga Fabiana Gauy e publicado pela editora RIC Jogos. Com a mesma dinâmica do Uno, que faz sucesso entre a garotada, pode ser utilizado tanto no contexto familiar quanto clínico.

     

    Tem como finalidade ajudar crianças e adolescentes a diferenciarem suas respostas emocionais, comportamentais e fisiológicas. Indicado para as faixas etárias acima de 7 anos, pode ser jogado com a participação de duas até oito pessoas.