Festas de final de ano podem ser período difícil para alguns
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O final de ano é uma época marcada pelas celebrações de Natal e ano-novo, pela temporada de férias e a chance de se reunir com a família e os amigos. No entanto, para muitas pessoas, o período pode afetar a saúde mental e, consequentemente, a qualidade de vida.
A chamada síndrome de fim de ano caracteriza-se pela intensificação de emoções como tristeza, ansiedade e solidão e está relacionada ao fato de o mês representar o fechamento de um ciclo.
Por isso, sentir-se mais reflexivo é normal, mas, caso haja sobreposição de sentimentos e pensamentos negativos, esses podem gerar gatilhos para doenças como a depressão.
Vivências
A manifestação da síndrome de fim de ano pode estar relacionada a fatores emocionais a partir da avaliação das vivências do ano que passou. É o caso de arrependimentos, metas não alcançadas e insatisfações pessoais, os quais emergem com mais força.
Engloba, ainda, outras questões práticas que fogem à rotina usual, como organizar a ceia, comprar os presentes e o aumento dos gastos financeiros, que se conectam ao aumento do estresse.
Existem, também, os fatores sociais, que envolvem a pressão por estar feliz e celebrar, e as comparações com padrões idealizados de família e vida perfeita geralmente reforçados por mídias sociais.
Inclusive, alguns podem sentir uma ausência maior de familiares e amigos, especialmente aqueles que vivem sozinhos ou perderam entes queridos.
Enfrentamento
Lidar com os sentimentos e os pensamentos negativos que podem surgir no final de ano requer discernimento e inteligência emocional. Isso porque reconhecê-los e buscar formas saudáveis de lidar com eles é fundamental para uma vida com equilíbrio e bem-estar.
Algumas medidas podem ajudar a enfrentar a síndrome de fim de ano e promover a saúde mental durante a época. Uma delas é gerenciar as expectativas, focando em momentos significativos, evitando comparações e aceitando que nem tudo será perfeito.
Da mesma forma, é importante praticar o autocuidado, cultivando bons hábitos e mantendo uma rotina equilibrada, com alimentação saudável, sono de qualidade e prática regular de exercícios físicos.
Reservar um tempo para si mesmo, para fazer as coisas de que gosta, e buscar conexões, inclusive se voluntariando em projetos que ajudem a criar um senso de propósito, também são alternativas. Se os sintomas persistirem, a busca de um psicoterapeuta pode ser necessária.
Ferramenta
‘Enfrentando pensamentos negativos: 100 cards para contestar distorções cognitivas’, publicada pela editora RIC Jogos, é uma ferramenta de autoajuda baseada em evidências científicas para lidar com distorções cognitivas, pensamentos autodepreciativos e outros conteúdos cognitivos que dificultam a vida das pessoas.
De autoria dos psicólogos Laura Pordany do Valle e Ramiro Figueiredo Catelan e do psiquiatra Vitor Rocco Torrez, oferece informações psicoeducativas, dicas de manejo, frases de estímulo e estratégias direcionadas ao público adolescente e adulto nos contextos clínico ou familiar.