23/04/2024

Como surgem os transtornos alimentares na adolescência?

Os transtornos alimentares na adolescência estão relacionados a uma série de fatores, incluindo ansiedade, pressões sociais e estresse. São caracterizados por distúrbios dos hábitos alimentares e provocam danos à saúde.

 

Jovens com depressão, compulsão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) estão mais propensos ao desenvolvimento de transtornos alimentares.

 

Questões socioculturais, hormonais ou genéticas também podem estar relacionadas aos transtornos alimentares na adolescência.

 

Em geral, os pacientes apresentam alguns comportamentos padrões, tais como culto excessivo ao corpo, má alimentação, deturpação de sua imagem corporal, baixa autoestima e sentimento de culpa.

 

Tipos

Os transtornos alimentares podem ser classificados conforme sua natureza. Um dos mais comuns na adolescência é a anorexia, em que as pessoas apresentam índice de massa corporal (IMC) inferior a 17,5.

 

O emagrecimento é causado pela restrição alimentar, atividades físicas em excesso e técnicas purgativas, como provocar vômitos e utilizar laxantes ou diuréticos.

 

A bulimia também está entre os transtornos alimentares na adolescência, e o indivíduo apresenta episódios pontuais de intensa comilança durante a semana seguidos de episódios de prolongados jejuns ou atividades físicas intensas para compensar.

 

Geralmente, são utilizadas técnicas purgativas como compensação aos episódios de alimentação excessiva.

 

Hipergafia

Por sua vez, a hipergafia é o aumento no consumo de alimentos provocado por algum evento traumático. Como resultado, a pessoa apresenta grande aumento de peso e obesidade, além de impactar negativamente na autoestima e na autoconfiança.

 

Já o transtorno da compulsão periódica (TCAP) é a compulsão por comer, semelhante à bulimia, porém não utiliza métodos alternativos para a perda de peso, como a indução do vômito e ingestão de laxantes.

 

E a vigorexia é o culto ao corpo musculoso e atraente. Envolve treinamento físico obsessivo e alimentação focada na manutenção do corpo, incluindo o uso de anabolizantes.

 

Tratamento

A terapia cognitiva-comportamental (TCC) é uma das abordagens psicoterapêuticas aceita atualmente no tratamento dos transtornos alimentares na adolescência.

 

Trata-se de uma intervenção semiestruturada e objetiva que visa correção nas condições que auxiliam no adiantamento e na sustentação das alterações comportamentais e cognitivas.

 

Os programas de tratamento da TCC direcionados aos transtornos alimentares estão diretamente baseados na redução da ansiedade, modificação de cognições desadaptadas e automanejo do comportamento.

 

Ferramenta

De autoria da psicóloga Camilla Volpato Broering, a ferramenta ‘Transtornos alimentares: 70 cards para pensar sobre autoimagem distorcida’, publicada pela editora RIC Jogos, tem como objetivo auxiliar pacientes com transtornos alimentares aderirem à psicoterapia.

 

Os cards são divididos em 6 grupos: eventos, pensamentos, sentimentos, comportamentos, estratégias utilizadas e pensamentos alternativos. Na primeira etapa, o psicólogo deve identificar qual o modelo cognitivo do paciente e depois trabalhar as estratégias utilizadas para lidar com pensamentos e comportamentos.

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