15/07/2024

Como a educação sexual pode ser preventiva na adolescência?

Conversar sobre sexualidade e sexo ainda é um tabu no século 21, porém a educação sexual na adolescência se faz cada vez mais necessária uma vez que a falta de informação segura e científica vulnerabiliza os jovens, por exemplo, ao sexo não seguro e a relações sexuais não saudáveis.

 

Muitos pais/cuidadores, professores e profissionais da saúde se esquivam de dialogar sobre sexualidade com adolescentes, alguns por vergonha e outros por não se considerarem competentes para os educarem no tema.

 

Socialmente, a educação sexual ainda tem um estigma negativo. Crenças e distorções dificultam a oferta de informações válidas aos jovens, aumentando, assim, a ocorrência de diversas consequências prejudiciais à vida deles, como gravidez indesejada, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), violências sexuais, relações abusivas, dentre outras.

 

Tendo em vista a dificuldade sobre discutir o assunto, constantemente se é debatido sobre quem tem a responsabilidade de proporcionar tal orientação para crianças e adolescentes.

 

Seria uma tarefa dos pais/cuidadores, dos professores, dos médicos, dos psicólogos ou de quem mais? Porém, todos os cidadãos e profissionais são responsáveis pela saúde e segurança das crianças e dos adolescentes. Sendo assim, cabe a todos educarem essas populações.

 

Personalidade

Sexo é uma pequena parte da sexualidade. A sexualidade é algo amplo e que tem início desde o nascimento e se estende até a morte. Ela é parte integral da personalidade de cada um e um aspecto da vida que não pode ser separado de outros.

 

Nesse sentido, é importante falar de sexualidade desde muito cedo, ou seja, já na primeira pergunta da criança se deve aproveitar a oportunidade e a curiosidade natural para conversar.

 

Baseada em evidências, a publicação ‘Orientações técnicas de educação em sexualidade para o cenário brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem’, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), propõe para escolas, professores e educadores em saúde o trabalho sobre alguns temas.

 

São eles: relacionamentos; valores, atitudes e habilidades, cultura, sociedade e direitos humanos; desenvolvimento humano; comportamento sexual; saúde sexual e reprodutiva.

 

Ferramenta

Os cards ‘Sexualidade na adolescência, e agora? 100 reflexões e desafios para uma sexualidade saudável’, da editora RIC Jogos, são uma ferramenta desenvolvida para auxiliar educadores e profissionais da saúde a conversarem de forma aberta, honesta e sem julgamentos sobre sexualidade com o público a partir dos 10 anos.

 

Têm como objetivos desconstruir crenças disfuncionais e preconceitos reforçados pela sociedade e facilitar a educação sexual, promovendo saúde aos jovens, além de proporcionar recursos necessários para que eles possam lidar com as dificuldades da adolescência no que diz respeito às vivências da sexualidade.

 

De autoria das psicólogas Paula Caldeira, Nathália Garcia e Aline Sardinha, trata-se de um material educativo para ser usado com pré-adolescentes e adolescentes em contextos como o de orientação e educação sexual ou no setting terapêutico.

 

Os cards apresentam possíveis eventos desafiadores que os jovens podem vivenciar e possuem o intuito de estimular a discussão sobre a sexualidade, avaliar suas habilidades de enfrentamento, orientar sobre o tema e desmitificar mitos sexuais construídos e compartilhados entre eles.

 

O recurso foi elaborado com uma linguagem inclusiva do ponto de vista da diversidade sexual e de gênero. Entretanto, ao utilizar na intervenção individual, com pessoas com identidade de gênero e orientação sexual conhecidas pelo profissional, faz sentido usar o termo que melhor se adapte à realidade daquela pessoa.

Tecnologia TrayCommerce
Logo Tray
Ao usar esta loja virtual, você aceita automaticamente o uso de cookies. Acessar nossa Política de Privacidade.