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Resumo do Carrinho

    02/04/2024

    Autismo e a importância da conscientização

    Em 2 de abril, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma data definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 para reforçar a importância de levar informação de qualidade à sociedade sobre o transtorno do espectro autista (TEA).

     

    Os objetivos do Dia Mundial de Conscientização do Autismo incluem o esclarecimento sobre o assunto, o fim do preconceito e da discriminação que cercam as pessoas que estão dentro do espectro autista e a implantação de políticas públicas eficazes para seu acolhimento e atendimento adequado.

     

    Números

    De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), uma em cada 160 crianças possui TEA e vem sendo observado um acréscimo de casos no mundo, o que pode ser explicado pelo aumento da conscientização sobre o tema e maior busca pelo diagnóstico.

     

    Sendo assim, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo é também importante para que mais pessoas sejam diagnosticadas precocemente e tenham acesso a terapias, as quais podem ser decisivas para seu desenvolvimento.

     

    Complexidade

    O quebra-cabeça foi escolhido como símbolo do transtorno do espectro autista porque faz referência à sua alta complexidade.

     

    Popularmente chamado de autismo, trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta diversas manifestações clínicas – cognitivas, emocionais e neurocomportamentais.

     

    Refere-se a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem e por comportamentos repetitivos.

     

    Outra particularidade marcante do transtorno do espectro autista é a hipersensibilidade auditiva. Muitas pessoas dentro do espectro sentem incômodo com sons que passam despercebidos pela maioria.

     

    Observação

    O TEA geralmente é observado logo nos primeiros anos de vida, mas os sintomas nem sempre são os mesmos para todos os indivíduos.

     

    Alguns dos sinais que podem ser notados em crianças no primeiro ano são: não responder ao nome, sentir grande incômodo quando colocadas em ambientes com sons altos, ter interesse maior por objetos do que por pessoas, pouco contato visual, enfileirar objetos e não aceitar toque.

     

    Causa, diagnóstico e tratamento

    Embora não haja uma causa bem estabelecida, acredita-se que fatores ambientais e genéticos podem estar envolvidos no TEA.

     

    O diagnóstico do transtorno também pode ser complexo, pois os pacientes não têm um quadro padrão de desenvolvimento e podem apresentar diferentes manifestações. Geralmente é feito quando a criança tem entre 4 e 5 anos.

     

    Não há cura para o autismo, mas seus sintomas podem ser suavizados com um acompanhamento adequado e precoce.

     

    O diagnóstico tardio é prejudicial uma vez que as terapias são importantes para o desenvolvimento do indivíduo.

     

    Legislação

    No Brasil, a legislação sobre o tema inclui a Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

     

    E em 2020, foi sancionada a Lei nº 13.977, que institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). É mais conhecida como Lei Romeo Mion, em homenagem ao filho do apresentador Marcos Mion, que tem TEA.

     

    A Ciptea tem como objetivo “garantir atenção integral, pronto-atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social” para esse público.

     

    Embora as leis existam, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que se conheça completamente o autismo e que as pessoas dentro do espectro tenham seus direitos totalmente respeitados.