0

Resumo do Carrinho

    20/03/2023

    As necessidades emocionais e os esquemas iniciais

    As pessoas apresentam necessidades emocionais que dificilmente são atendidas suficientemente ao longo da vida, especialmente na infância e adolescência.

     

    Quando essas carências não são atendidas, em combinação ao estilo de temperamento e outros acontecimentos, é comum se desenvolverem esquemas negativos – esquemas iniciais desadaptativos (EIDs) – que causam sofrimento e ativam comportamentos disfuncionais.

     

    A partir do momento em que se desenvolvem esquemas negativos, vários eventos podem ativá-los e eles se tornam familiares, inclusive sendo expressados pelos indivíduos como se sentissem o esquema negativo como uma verdade, embora racionalmente não se tenha evidências para sustentá-los.

     

    Experiências iniciais

    Quando as pessoas se sentem desconectadas e rejeitadas nas suas experiências iniciais de vida, especialmente com seus cuidadores, é comum desenvolverem esquemas negativos que levam a dificuldades para formar vínculos satisfatórios e relações seguras com os demais.

     

    Quando não se tem muito espaço para autonomia, comumente nas criações superprotetoras, ocorre a formação de esquemas negativos como dependência/incompetência, fracasso, vulnerabilidade ao dano ou à doença e emaranhamento/self subdesenvolvido.

     

    Nesses casos, os sujeitos têm dificuldades para autoconfiança e para se distanciar das figuras parentais, não se percebendo como aptos para viverem de forma independente. Às vezes, o oposto desse estilo de criação também pode levar ao desenvolvimento desses esquemas.

     

    Limites inadequados

    Já quando não se recebe limites adequados, a partir de permissividade ou indulgência durante os anos iniciais de vida, as pessoas podem desenvolver esquemas negativos de arrogo/grandiosidade e autocontrole/autodisciplina insuficiente.

     

    Nesses casos, ocorrem dificuldades acentuadas para restringir impulsos, respeitar os direitos dos demais e postergar gratificações. O esquema de arrogo/grandiosidade também pode ser originado para hipercompensar esquemas do primeiro domínio.

     

    Por outro lado, indivíduos que foram muito direcionados para os outros por meio da aceitação condicional e falta de liberdade tendem a desenvolver esquemas negativos de busca de aprovação/reconhecimento, subjugação e autossacrifício, já que aprendem que suas necessidades devem ficar em segundo plano, priorizando as de terceiros.

     

    Por fim, quando existe muito controle e inibição, é comum as pessoas desenvolverem esquemas negativos de negativismo/pessimismo, inibição emocional, padrões inflexíveis/postura crítica exagerada e postura punitiva.

     

    Tais esquemas se manifestam por meio da supressão da espontaneidade e expressividade emocional em prol do cumprimento de regras rígidas e excessivas.

     

    Estilos

    Os esquemas negativos costumam ser expressados por três estilos de enfrentamento: resignação, em que se age de acordo com o esquema negativo; evitação, em que se evita entrar em contato com o esquema negativo; e hipercompensação, em que se faz o extremo oposto do esquema negativo.

     

    É comum apresentar diversos esquemas negativos e sofrer consequências deles ao longo da vida em diversas áreas e situações. Diferentemente, porém, de quando as necessidades emocionais são supridas, em que é possível formar esquemas positivos, que são importantes aliados no bem-estar e enfrentamento inclusive dos esquemas negativos.

     

    Ferramenta

    Compreender e atender as necessidades emocionais das crianças e dos adolescentes contribuem para seu desenvolvimento psicológico saudável. Nesse contexto, a ferramenta ‘Orientação parental com base na terapia do esquema: 100 cards para atender as necessidades emocionais’ tem como objetivos orientar os pais sobre tais carências dos filhos.

     

    Além disso, visa apontar sinais favoráveis e desfavoráveis que indicam se tais necessidades emocionais estão sendo supridas e elencar atitudes que devem ser evitadas e outras que devem ser fortalecidas seguindo como base a terapia do esquema.

     

    De autoria das psicólogas Natanna Taynara Schütz e Juliana Eichenberg e publicada pela editora RIC Jogos, é de uso profissional e tem como público-alvo pais ou outros responsáveis por crianças e adolescentes.