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Resumo do Carrinho

    04/10/2023

    A importância da psicoeducação na psicoterapia

    A psicoeducação é um tipo de intervenção psicológica feita de forma sistemática e estruturada que busca promover uma ampliação do conhecimento do paciente e das pessoas próximas a ele a respeito de sua condição de saúde mental e do processo terapêutico.

     

    Inicialmente, a psicoeducação era utilizada no tratamento da esquizofrenia com base na ideia de que indivíduos com esse transtorno poderiam ter um prognóstico melhor se tivessem o apoio e o envolvimento de familiares e amigos.

     

    Com o passar do tempo, percebeu-se que essa maneira de trabalhar a saúde mental é eficaz para os mais diversos tipos de transtornos, incluindo os de ansiedade, do humor, da personalidade, psicóticos, entre outros.

     

    Isso porque a psicoeducação ajuda a pessoa a estar mais consciente a respeito de sua condição e das possibilidades relacionadas. Consequentemente, a prepara para tomar decisões acerca do tratamento, possibilitando que participe de forma mais ativa no seu processo de mudança.

     

    Os pacientes que passam pela psicoeducação costumam apresentar uma melhor compreensão dos seus sintomas, bem como uma maior aderência ao tratamento, participando mais ativamente das sessões de psicoterapia e utilizando corretamente a medicação quando prescrita pelo médico.

     

    TCC

    A psicoeducação é parte fundamental da terapia cognitivo-comportamental (TCC), ou seja, fazer com que o paciente compreenda o funcionamento do processo terapêutico para se engajar nele de forma colaborativa.

     

    Como a abordagem parte do princípio de que as interpretações cognitivas que o indivíduo faz sobre os fatos é que resultam em sintomas emocionais, fisiológicos e comportamentais, uma das formas de psicoeducá-lo é por meio da utilização da fórmula ABC.

     

    Nesse caso, a letra A se refere a evento ativador, adversidade, fato, situação ou acontecimento real. Já a letra B (do inglês belief) está relacionada às crenças e aos pensamentos, ou seja, à maneira como a pessoa interpreta os fatos.

     

    Por sua vez, a letra C relaciona-se às consequências, ou seja, à forma como a pessoa reage ao acontecimento e à sua interpretação. É onde entram os sintomas emocionais, fisiológicos e comportamentais.

     

    Portanto, se o paciente tem crenças disfuncionais e pensamentos automáticos errôneos, é provável que suas reações emocionais, físicas e/ou comportamentais não sejam adequadas às situações.

     

    Recursos lúdicos

    No processo de psicoeducação e mudança cognitivo-comportamental proposto pela TCC, podem ser utilizados recursos lúdicos. O Tabuleiro Cognitivo, por exemplo, é um jogo para identificar crenças e pensamentos disfuncionais.

     

    De autoria das psicólogas Catarina Brandão e Regina Azevedo e publicado pela editora RIC Jogos, foi criado com o objetivo de guiar o paciente de forma lúdica e colaborativa à reflexão de seus pensamentos disfuncionais e de suas crenças intermediárias e nucleares no set terapêutico.

     

    A ferramenta facilita a comunicação entre terapeuta e paciente principalmente nos casos de introspecção, podendo ser usada com adultos, casais e famílias, assim como auxiliar no processo de psicodiagnóstico terapêutico.

     

    Outro recurso lúdico da RIC Jogos que pode ajudar é o Jogo das Crenças, de autoria das psicólogas Camila Stor de Aguiar e Nathália Della Santa Melo Dantas. Foi pensado para elucidar as crenças centrais desamor, desvalor e desamparo, frequentemente observadas na clínica cognitivo-comportamental.

     

    É recomendado para adolescentes, adultos e idosos como auxiliar na investigação cognitiva.