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Resumo do Carrinho

    11/03/2024

    TEPT: quais são os principais sintomas e como intervir?

    O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) pode se desenvolver em pessoas que vivenciaram ou testemunharam eventos perturbadores. Engloba uma série de sintomas e sinais e causa sofrimento intenso e prejuízos em diferentes aspectos da vida, como trabalho e relacionamentos.

     

    Os sintomas do TEPT podem ser subdivididos em categorias: intrusões, esquivas, alterações negativas da cognição e do humor e alterações da excitação e da reatividade. Geralmente, os pacientes têm memórias indesejadas frequentes que reproduzem o evento desencadeante. Pesadelos também são recorrentes.

     

    Durante a vigília, são menos comuns estados dissociativos transitórios nos quais os eventos são revividos como se estivessem acontecendo (lembranças vívidas), às vezes fazendo os pacientes reagirem como se estivessem na situação original.

     

    No entanto, ruídos altos, como fogos de artifício, podem desencadear uma lembrança vívida de estar na situação traumática de um assalto ou de um combate, por exemplo, o que pode levar o indivíduo a procurar abrigo ou se jogar no chão para buscar proteção.

     

    Além dos prejuízos psicológicos, o transtorno de estresse pós-traumático pode ter consequências físicas graves. Elas vão desde problemas cardíacos a um aumento no nível de cortisol (o hormônio do estresse) circulando no sangue, o que pode fazer muito mal à saúde a longo prazo.

     

    Sinais de alerta

    Entre os principais sinais e sintomas do TEPT, se destaca o isolamento social, em que a pessoa evita novas situações traumáticas, podendo desfazer amizades, deixar de sair de casa e de executar suas atividades cotidianas.

     

    A depressão também costuma aparecer, fazendo com que o indivíduo deixe de ter prazer naquilo que antes do trauma o fazia feliz, perca as esperanças, tema exageradamente o futuro, entre outros.

     

    Pode haver, ainda, ataques de pânico, com coração acelerado, boca seca, transpiração, medo de morrer e hiperventilação, assim como insônia e estado de alerta constante (hipervigilância). Abusos de substâncias também são frequentes.

     

    Além de ansiedade específica ao trauma, os pacientes podem sentir culpa por causa de suas ações durante o evento ou porque sobreviveram quando outros não.

     

    Tratamento

    O transtorno de estresse pós-traumático é crônico e pode durar a vida toda. Seu tratamento consiste em reduzir os sintomas, melhorar as habilidades sociais do paciente na família, entre amigos, no meio acadêmico e no trabalho e criar um ambiente favorável para a manutenção das atividades cotidianas. Inclui, ainda, tratar possíveis depressão, vícios e outros distúrbios.

     

    O tratamento do TEPT costuma ser multidisciplinar. Além do uso de medicamentos que impedem que o corpo tenha uma reação exagerada, como os ataques de pânico, o paciente requer acompanhamento psicológico para lidar com o trauma de forma mais precisa.

     

    Uma das principais formas de psicoterapia utilizadas é a de exposição às situações que a pessoa evita porque pode precipitar recordações do trauma. A exposição fantasiosa repetida à própria experiência traumática geralmente diminui a ansiedade depois de um aumento inicial no desconforto.

     

    Ferramenta

    Uma ferramenta que auxilia na identificação e no tratamento dos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático são os cards ‘Conhecendo e enfrentando o TEPT’, de autoria do psicólogo Fernando Elias José e publicada pela editora RIC Jogos.

     

    O recurso pode ser utilizado tanto em contexto clínico quanto familiar com as faixas etárias a partir dos 18 anos.