Na atual cultura globalizada e tecnológica, as pessoas nunca estiveram tão conectadas graças às redes sociais. Por outro lado, a vida social cultivada nessas plataformas geralmente e superficial e não condiz com a realidade. Além disso, seu uso excessivo diminui demasiadamente o tempo dedicado a outras áreas importantes.

 

Estudos identificam que os efeitos negativos do uso das redes sociais resultam da má administração do tempo on-line.

 

É prejudicial, por exemplo, quando o indivíduo fica horas demais na atualização das plataformas, no monitoramento da vida dos outros, alimentando desavenças, em busca de autoafirmação e na exposição exagerada da vida pessoal.

 

Como a maioria das crianças e adolescentes da nova geração cresceu com acesso à tecnologia, se mostra mais suscetível a vivências ruins e aos impactos prejudiciais do excesso de horas dedicadas à socialização virtual.

 

Os mais velhos também são afetados pelo uso contínuo das redes sociais, mas não são tão emocionalmente vulneráveis quanto os mais jovens.

 

Depressão e ansiedade

Outras pesquisas demonstram que o uso descontrolado das redes sociais pode estar relacionado ao aumento considerável de depressão, estresse e ansiedade.

 

Isso porque, nas plataformas, a pessoa tem a impressão de que a vida de todo mundo é fantástica, menos a sua e o confronto com a suposta plenitude alheia pode elevar a ansiedade e outros transtornos psicológicos.

 

As incessantes notícias negativas e os comentários desagradáveis também perturbam, porque o cérebro é incapaz de digerir todas as informações recebidas durante o dia.

 

Da mesma forma, a quantidade de informações, artigos, opiniões e fotos são prejudicais, pois a sensação de necessidade de se profissionalizar e ser produtivo pode passar a permear os pensamentos do indivíduo, pressioná-lo a alcançar seus objetivos de maneira não saudável e levá-lo ao esgotamento.

 

Solidão e isolamento

A sensação de solidão e o isolamento social também estão entre as possíveis consequências do uso excessivo das redes sociais. Se, por um lado, elas conectam pessoas que estão longe e têm interesses em comum, por outro, distanciam da vida real e impossibilitam bons relacionamentos com pessoas próximas.

 

O sedentarismo é mais uma consequência negativa do uso excessivo das redes sociais. Isso porque a tecnologia tende a tornar as pessoas mais estáticas por ser a principal fonte de trabalho e entretenimento.

 

Por outro lado, a busca incessante pelo físico perfeito pode causar distorção da imagem corporal. É comum distúrbios alimentares resultarem da obsessão com a promessa da perda de peso milagrosa largamente difundida na internet.

 

Ferramenta

O uso moderado e consciente das redes sociais não apresenta perigo à saúde mental, por isso, é preciso saber dosar sua utilização. Uma ferramenta que pode auxiliar nos contextos clínico e familiar é ‘Mais vida real, menos redes sociais: 100 cards para você repensar sua rotina digital’.

 

De autoria do psicólogo Fernando Elias José e publicado pela editora RIC Jogos, o recurso é direcionado ao público a partir dos 10 anos e tem como objetivo oportunizar a observação e a reflexão sobre o equilíbrio entre o tempo conectado e o tempo dedicado às relações interpessoais.